Em vez de serem utilizados para adivinhação, os oráculos funcionam como uma ponte para o inconsciente, servindo como “espelhos da alma” que refletem padrões de pensamento e emoções. O uso do oráculo sob essa ótica é justificado pela visão junguiana, que o associa ao conceito de sincronicidade, onde a escolha de uma carta não é um evento aleatório, mas um reflexo significativo do estado interior do consulente. A interpretação das cartas se torna, então, um processo colaborativo para o autoconhecimento, promovendo clareza e discernimento.

A abordagem Junguiana proporciona a fundamentação teórica para o método. A psicoterapia holística, sob essa lente, auxilia a exploração do inconsciente coletivo e a “cura da sombra”, integrando aspectos reprimidos da personalidade para alcançar a totalidade do ser, um processo conhecido como individuação. A capacidade de auxiliar na “cura da criança interior ferida” e na superação de ciclos destrutivos, um tema central para as clientes que sofreram violência em relacionamentos, é um dos maiores benefícios dessa abordagem, que ressignifica o passado e permite uma vida com mais propósito.

A ciência moderna sugere que o trauma não é apenas uma questão mental, mas se manifesta no corpo e no sistema nervoso. Abordagens de “terapia da fala” podem ser insuficientes se não considerarem o aspecto físico. As terapias energéticas, como o Reiki e a Apometria, podem ser apresentadas como ferramentas para liberar bloqueios emocionais e energéticos que se acumularam no corpo, auxiliando na autorregulação do sistema nervoso. Essa abordagem integrativa permite que a profissional justifique o uso dessas técnicas milenares com uma lógica plausível, unindo a sabedoria ancestral com uma compreensão contemporânea da saúde.