Spoiler: texto totalmente escrito por humano 😉
Uma pergunta simples com uma resposta complexa. Já parou para pensar que as perguntas mais simples são as mais difíceis de responder? Com certeza você se lembrará de algum momento de sua infância que fez uma pergunta simples e os adultos ficaram embaraçados para responder.
Quando li no livro da Marie Kondo, uma especialista japonesa em arrumação, que devemos segurar cada item e sentir se ele nos traz alegria fiquei intrigada. Embora eu tenha descoberto mais tarde que intuitivamente já fazia isto, questionar conscientemente traz uma sensação diferente.
Quantas coisa acumulamos ao longo dos anos, muitas guardadas em caixas ou em armários. Coisas que acreditamos que um dia iremos precisar, mas até hoje não utilizamos. E elas não ocupam espaços apenas em nossos lares, elas ocupam nossa mente, nossa alma, ainda que nos neguemos a olhar para estes sentimentos que as impedem de ir, talvez, até mesmo para pessoas que de fato as utilizarão.
Decidi fazer uma limpeza na minha casa, e de quebra na alma. Revisitando objetos que nem sequer utilizei, como uma peça para fazer nhoque, sendo que eu nem gosto de nhoque. E assim os dias vão se passando e dizemos “ah, amanhã eu reflito sobre aquilo que me machucou”. Assim como aos objetos vamos guardando lá no fundo longe dos olhos das visitas e também dos nossos.
E como é doloroso olhar, limpar, saber que investimos tempo e dinheiro para simplesmente se tornar mais uma coisa acumulando sujeira em nossas casas e em nossos corações. Sendo uma pessoa que tenho dificuldades em perdoar eu sei bem como é acumular sujeiras emocionais. Enquanto sofremos, quem nos fez mal além de não se arrepender até se deleita com a maldade.
E assim como uma casa arrumada traz a sensação de verdadeiro lar, uma alma que tira o lixo emocional que os outros deixaram fica leve e feliz. Por isso, se pergunte sempre “isto me traz alegria?”. Se a resposta for não, se desfaça, e passeie pelo seu lar com sua alma limpa também!